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Por Mano Oxi

50 anos do Hip Hop: cada vez mais firme e cada vez mais forte

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Mano Oxi

15 de mar. de 2023

A cultura Hip Hop atinge sua maturidade

Parece que foi ontem aquela festa organizada pelo DJ Kool Herc e sua irmã Cindy Campbell, no salão do conjunto habitacional da rua Sedgwick Avenue n° 1520, bairro do Bronx em Nova York, no dia 11 de agosto de 1973.


Esta data é considerada o marco zero do início do Hip Hop no mundo, além da Sindy e do DJ Kool Herc, é preciso falar também, dos DJs GrandMaster Flash e de Afrika Bambaataa.

Afrika Bambaataa é considerado o cara que percebeu tudo isso e criou a nomenclatura Hip Hop, que quer dizer: mexer e saltar ou saltar e mexer.


Bambaataa que observou que durante aquelas festas, algo mágico acontecia e fazia com que as diferentes tribos de jovens daquela época, negros, brancos e latinos, todos imigrantes de outros países, pudessem curtir uma social sem nenhum tipo de violência e nem de treta, regada de muita música, poesia, grafite e dança.


Naquela época a violência policial e as brigas de gangues eram comuns e, o poder público fazia vistas grossas, deixando os guetos norte-americanos jogados a própria sorte.

De lá pra cá, os DJs, B.boys, MC's e Grafiteiros, foram se espalhando mundo afora como um grande vírus de esperança e de transformação social.

A poesia, que antes era só para os iluminados como William Shakespeare, ganhou as ruas dos guetos através dos rimadores e dos poetas do rap.


As artes plásticas, que sempre foram lembradas por artistas como Michelangelo, Picasso, Van Gogh e Leonardo da Vinci, saíram das galerias chiques das elites e foram parar nos muros e nos trens que atravessavam toda cidade de Nova York.


A música, que sempre ficou nas mãos daqueles que dominavam as partituras, passou a ser produzidas por verdadeiros maestros e produtores musicais das quebradas, utilizando apenas um par de toca discos e muita técnica para mixar e fazer efeitos sonoros conhecidos como Scratchs.


A dança, que antes era dominada só por bailarinos clássicos, passou a acontecer nas calçadas das grandes metrópoles, através dos B.Boys e das B.Girls, ficando conhecidos como verdadeiros dançarinos de rua.


Como se não bastassem estas quatro expressões, Afrika Bambaataa acrescentou um elemento que, na minha humilde opinião, é a espinha dorsal do Hip Hop: o conhecimento, responsável por dar o caminho intelectual para a cultura Hip Hop no mundo.


Neste ano de 2023, a cultura Hip Hop atinge sua maturidade, ou seja, de jovem rebelde a adulto maduro. E cada vez mais consciente do seu papel social, cultural e político dentro da sociedade, porque onde há guerra e violência, o Hip Hop prega a paz, união e prosperidade para os jovens vindos das periferias de todo o mundo.


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